QUAL É O SEU ESTILO PARENTAL?

estilos parentais

Quando seu filho fica irritado com alguma situação, você fica aborrecida? Você teme se descontrolar emocionalmente? Você acredita que as emoções desagradáveis são prejudiciais? Você não sabe como lidar com as emoções do seu filho? Você minimiza os sentimentos do seu filho, desmerecendo os acontecimentos que causaram a emoção? Você enfatiza a obediência do seu filho a bons padrões de comportamento? Você acredita que emoções como a raiva refletem deficiência de caráter? Você aceita livremente qualquer expressão de emoção por parte do seu filho? Você não impõe limites? Você acredita que pouco pode ser feito com relação às emoções? Você utiliza frases que diminuem o sentimento da criança, tais como “Engole esse choro”, “Não precisa chorar”, dentre outras?

Saber qual é o seu estilo parental é o primeiro passo para superar os obstáculos e se tornar a mãe que você deseja ser. 

John Gottman, no livro “Inteligência emocional e a arte de educar nossos filhos”, apresenta um teste cientificamente comprovado, que te ajudará a identificar o seu estilo parental.

Em suas pesquisas, Gottman identificou 4 estilos parentais. Abaixo vou fazer um resumo das descrições de cada estilo. Enquanto você lê, sugiro que vá pensando nas interações com os seus filhos e em suas experiências infantis com seus pais. Estas lembranças podem te ajudar a avaliar os pontos fortes e fracos enquanto mãe e pai. Relembre como sua família encarava a emoção: tratava os acontecimentos de tristeza e irritação de forma natural? Seus pais paravam para te ouvir quando você estava triste, com medo ou com raiva? 

Confira abaixo os 4 estilos parentais:

  1. SIMPLISTAS: Mães ou pais com este estilo parental geralmente não dão importância para os sentimentos da criança, torcem para que as emoções negativas do filho desapareçam logo, costumam tentar distrair a criança para fazê-la esquecer as emoções. Acham que os sentimentos da criança são irracionais e não merecem atenção, não demonstram muito interesse ao que a criança está tentando comunicar, acreditam que as emoções negativas, tais como raiva, medo ou tristeza são prejudiciais, enxergam as emoções das crianças como uma exigência para “consertar” as coisas, não tentam resolver o problema com a criança, pois acham que os problemas se resolvem com o tempo. O impacto disso na vida das crianças é que elas aprendem que seus sentimentos são errados, impróprios e inadequados. Não aprendem a regular as próprias emoções e passam a acreditar que há algo de errado com elas por causa do que sentem.
  2. DESAPROVADORES: Mães ou pais com este estilo julgam e criticam a expressão emocional dos filhos, estão mais preocupados com a necessidade de controlar os filhos, repreendem, disciplinam ou castigam a criança por manifestações de emoção, esteja a criança agindo mal ou não, pois acreditam que emoções negativas precisam ser controladas. Acham que as emoções negativas refletem deficiência de caráter, que podem ser usadas para manipular e por isso precisam ser controladas. Preocupam-se bastante com a obediência da criança à autoridade. Assim como no estilo simplista, pais desaprovadores transmitem a mensagem de que os sentimentos do filho são errados, inadequados e impróprios, o que gera na criança a falsa ideia de que há algo errado com ela, que ela não sabe nada sobre si mesma e que o outro é quem sabe. Isso faz com que a criança desenvolva dependência afetiva, necessitando sempre do outro para regular suas emoções e aprovar suas ações.
  3. LAISSEZ-FAIRE: Pais com este estilo aceitam livremente qualquer expressão de emoção por parte da criança, reconforta a criança que esteja experimentando sentimentos negativos, seja lhe dando um presente ou fazendo o que elas querem. Quase não orientam o comportamento da criança, são permissivos e não impõem limites, não ensinam métodos e não ajudam a criança a resolver os problemas, acham que administrar emoções negativas é só através da liberação da emoção. A influência deste estilo na vida das crianças é que elas não aprendem a regular suas emoções, apresentam dificuldade para se concentrar nas tarefas, fazer amizades e manter um bom relacionamento social.
  4. PREPARADORES EMOCIONAIS: Pais com este estilo percebem as emoções negativas como uma oportunidade de intimidade, são pacientes perante a emoção, percebem e valorizam as próprias emoções, encaram as crises emocionais da criança como uma oportunidade para desenvolver habilidades, não sentem que precisam resolver todos os problemas para a criança. Usam os momentos de emoção para escutar a criança, demonstrar empatia, validar o sentimento e ajudá-la a nomear a emoção, impor limites e ensinar manifestações aceitáveis da emoção e ensinar técnicas de solução de problemas. Desta forma a criança aprende a confiar em seus sentimentos, regular as próprias emoções e resolver problemas. Ao ter inteligência emocional a criança tem a autoestima elevada, aprende com mais facilidade e se relaciona melhor com as pessoas.

O conceito de inteligência emocional é relativamente novo, mas está cada vez mais comprovado a importância de desenvolvermos em nós adultos e nas crianças habilidades para lidar com as emoções a fim de construirmos uma vida feliz. 

Conta pra mim, com qual estilo você se identificou mais? Lembre-se de que a consciência é a primeira chave para a mudança.

Seguimos juntos encorajando pais e fortalecendo as famílias!
Com carinho,
Aline Cestaroli

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